Panorama internacional

MD russo: e-mails mostram influência monetária de Hunter Biden em pesquisa de patógenos na Ucrânia

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou correspondências mostrando o papel fundamental de Hunter Biden no financiamento da pesquisa de patógenos. O órgão russo também afirmou que Kiev explorou a possibilidade de pulverizar aerossóis a partir de drones Bayraktar.
Sputnik
Nesta quinta-feira (31), a pasta da Defesa russa publicou e-mails entre o filho do presidente dos EUA, Hunter Biden, e funcionários do Escritório de Redução de Ameaças do Departamento de Defesa (DTRA, na sigla em inglês), bem como contratados do Pentágono na Ucrânia.
Segundo Igor Kirillov, chefe da Defesa Contra Radiação Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia, os e-mails sugerem que o filho do presidente teve papel-chave na arrecadação de fundos para empreiteiros americanos das multinacionais Black and Veach e Metabiota, permitindo que as empresas se envolvessem em estudos de patógenos em território ucraniano.
"Então, em uma das correspondências, o vice-presidente da Metabiota observa que as atividades da empresa terão como objetivo garantir [...] 'a independência cultural e econômica da Ucrânia da Rússia' [...], o que é bastante estranho para uma empresa de biotecnologia", disse Kirillov, acrescentando que a participação dos laboratórios biológicos de Kiev no trabalho encomendado pelo departamento militar dos EUA foi confirmada.
Sendo assim, ficou comprovado que os objetivos do Pentágono em solo ucraniano estão longe de serem científicos, destacou o militar, adicionando que o fechamento de cinco laboratórios biológicos em Kiev é um resultado importante da operação militar russa no país.

"Um resultado importante da operação especial das Forças Armadas russas foi a cessação das atividades de cinco laboratórios biológicos de Kiev, nos quais foram realizados trabalhos com patógenos de antraz, tularemia, brucelose, cólera, leptospirose e peste suína africana", afirmou Kirillov.

Em particular, as provas documentais apontam para o envolvimento de um fundo de investimento administrado por Hunter Biden no financiamento das pesquisas biológicas de alto risco.
Panorama internacional
Fox News: EUA financiam laboratório de 'patógenos letais' na Ucrânia há 14 anos
O Ministério da Defesa da Rússia também apresentou os nomes de funcionários dos EUA envolvidos na criação de componentes de armas biológicas na Ucrânia.
Um deles foi Robert Pope, na época diretor do Programa Cooperativo de Redução de Ameaças do DTRA, que procurou atrair os Estados pós-soviéticos para a guerra biológica, afirmou Igor Konashenkov, porta-voz da pasta.

De acordo com o porta-voz, Pope liderou a ideia de criar um "depósito central de microrganismos especialmente perigosos em Kiev".
Joanna Wintrall, chefe do DTRA na Embaixada dos EUA em Kiev, liderou a coordenação de projetos biológicos militares em território ucraniano.

"Foi sob sua supervisão direta [de Joanna Wintrall] que experimentos com patógenos mortais no âmbito dos projetos UP-4, UP-6, UP-8 foram implementados na Ucrânia, incluindo os vírus do antraz, febre hemorrágica da Crimeia-Congo e leptospirose", disse a Defesa.

Além de Wintrall, Lance Lippencott, diretor de programa da divisão ucraniana da empresa Black & Veatch, atuou como o principal contato para funcionários do Ministério da Defesa e da Saúde ucranianos.
A Black & Veatch trabalha no interesse do Pentágono desde 2008 como parte inerente de projetos que estudam bioagentes potencialmente perigosos. Entre eles estava o projeto UP-1 para estudar rickettsia e vírus da encefalite transmitida por carrapatos em artrópodes no noroeste do país.
No decorrer do projeto UP-2, a empresa introduziu um sistema de monitoramento remoto da incidência de tularemia e antraz em instalações biológicas ucranianas, disse Konashenkov.

"As questões de biomonitoramento e transferência de informações foram supervisionadas por David Mustra, que está intimamente associado a outro contratado do Pentágono, Metabiota. Anteriormente, ele liderou bioprojetos militares na Ucrânia e no Leste Europeu como parte do Programa Cooperativo de Redução de Ameaças", acrescentou.

As correspondências condenatórias recém-fornecidas chegam em um momento em que os militares russos passaram semanas esclarecendo pesquisas sobre patógenos mortais sendo conduzidas em laboratórios ucranianos sob a direção do Pentágono e com financiamento dos EUA.
Panorama internacional
Rússia: EUA estão fazendo 'insinuações maliciosas' de que temos armas químicas ou biológicas

Ucrânia explorou a possibilidade de pulverizar aerossóis de drones Bayraktar

A pasta também informou que a empresa ucraniana de construção de motores, Motor Sich, perguntou aos fabricantes turcos de drones Bayraktar sobre a possibilidade de pulverizar aerossóis fabricados por eles, o que gera preocupação no contexto do programa biológico militar dos EUA implementado no território da Ucrânia.
"O pedido da empresa ucraniana Motor Sich ao fabricante turco de veículos aéreos não tripulados Bayraktar chamou nossa atenção. Quero enfatizar que este documento é datado de 15 de dezembro de 2021. Sua essência: é possível equipar este drone com sistemas e mecanismos para pulverizar aerossóis com capacidade superior a 20 litros", disse Igor Kirillov.
Um drone Bayraktar TB2 fabricado na Turquia é visto logo após seu pouso em um aeroporto em Gecitkala (foto de arquivo)
O militar observou que um veículo aéreo não tripulado com um alcance de voo de 300 quilômetros poderia representar uma ameaça real de contaminação do território russo.

"Na verdade, estamos falando do desenvolvimento pelo governo de Kiev de meios técnicos para a entrega e utilização de armas biológicas com a possibilidade de uso contra a Federação da Rússa", concluiu Kirillov.

Segundo o Mininstério da Defesa russo, os militares continuam suas análises diante dos documentos recebidos.
Comentar