A NASA registrou nesta quinta-feira (31) uma série de erupções na zona de manchas solares de nosso Sol chamada de AR2975. Foram ao todo 36 explosões, porém, uma delas foi de classe X, a mais poderosa dentro da escala.
Marcando X1.3, a explosão chamou a atenção dos pesquisadores que, ao estudar o fenômeno, podem determinar suas características e compreender como seus efeitos afetam a vida na Terra.
A explosão mais poderosa já registrada em nosso Sol aconteceu em 2003. Marcando X28 na escala, a explosão atingiu a Terra de maneira significativa, interferindo em equipamentos de rádio e comunicações via satélite.
Quando as explosões solares acontecem na direção de nosso planeta, a ejeção de massa coronal (CME, na sigla em inglês) das partículas solares lançadas para o espaço interplanetário, são capazes de colidir com o campo magnético e a atmosfera terrestres, desencadeando as tempestades geomagnéticas.
Na maioria das vezes elas passarão mais ou menos despercebidas por nós, habitantes da superfície. Mas noutras podem causar alguns apagões de rádio e navegação, alguma flutuação na rede elétrica e auroras espetaculares nos céus polares.
Segundo a Science Alert, nos últimos dias uma CME maciça associada a duas erupções de classe M do AR2975 pode ter chegado à Terra, mas dificilmente será percebida por nós ou causará uma tempestade geomagnética por conta da posição do Sol em relação ao nosso planeta. Segundo os astrônomos, as explosões aconteceram em uma zona que atualmente está girando para longe da Terra.
Ultimamente nossa estrela tem estado superturbulenta, com erupções todos os dias desde meados de janeiro, e muita atividade foi registrada ainda antes desta data. Mas, segundo os pesquisadores, esse é um comportamento normal. O Sol passa por ciclos de atividade – mínima e máxima – a cada 11 anos.
Desde que o mínimo solar mais recente ocorreu em dezembro de 2019 – quando o campo magnético do Sol se enfraquece invertendo seus polos e intensificando a atividade das manchas solares e das erupções – temos visto uma atividade crescente de nossa estrela.
Com o máximo solar se aproximando, quando seu campo magnético estiver completamente fortalecido, por volta de julho de 2025, esperamos obter algumas informações de tirar o fôlego sobre por que o Sol se comporta desta maneira.