Panorama internacional

Xi Jinping diz à UE para tratar China de forma 'independente' em vez de seguir diretrizes dos EUA

Em meio à crise ucraniana, Pequim realiza cúpula com altos representantes da União Europeia. Segundo o presidente chinês, a China e a UE possuem uma "base sólida para cooperação e amplos interesses comuns".
Sputnik
Nesta sexta-feira (1º), durante cúpula virtual com a União Europeia (UE), o presidente chinês Xi Jinping disse que o bloco político deveria tratar a China "de forma independente", em vez de seguir a liderança de Washington.
Xi recordou sua primeira visita à sede da UE em Bruxelas, Bélgica, oito anos atrás, quando sugeriu que Pequim e a Europa "construíssem uma ponte de amizade e cooperação em todo o continente eurasiano". Ele disse que essa visão se tornou ainda mais relevante em meio às crises atuais, incluindo a situação na Ucrânia e a contínua pandemia da COVID-19.
"A China e a UE devem desempenhar um papel construtivo ao adicionar fatores estabilizadores a um mundo turbulento. […] Está provado que ambos compartilham amplos interesses comuns e uma base sólida para a cooperação", afirmou.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, declarou a repórteres após a reunião que ele e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, "exortaram Pequim a ajudar a acabar com a guerra [operação militar] na Ucrânia. A China não pode fechar os olhos para a violação da lei internacional da Rússia", disse Michel.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, conversam com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente chinês, Xi Jinping, por videoconferência durante uma cúpula UE China no prédio do Conselho Europeu em Bruxelas, Bélgica, 1º de abril de 2022
"Qualquer tentativa de contornar as sanções ou fornecer ajuda à Rússia prolongaria a guerra [operação militar]", acrescentou o presidente do conselho da UE.
No entanto, Pequim até agora se concentrou em criticar a OTAN por provocar o conflito, chamando a aliança de um "conceito de segurança ultrapassado" e denunciando as sanções ocidentais contra a Rússia como "cada vez mais ultrajantes". Ao mesmo tempo, a China apoiou as negociações entre Moscou e Kiev para resolver a situação.
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