As autoridades de Hong Kong pediram às potências estrangeiras que parem de se intrometer nos assuntos domésticos da China depois que os governos dos EUA e do Reino Unido divulgaram relatórios apontando para uma deterioração das liberdades políticas na cidade.
"Nos opomos fortemente às alegações infundadas e ridículas contra o governo da região administrativa especial de Hong Kong feitas por países estrangeiros em vários relatórios", disseram as autoridades da região especial em comunicado, nesta sexta-feira (1º). "O governo pede que os países estrangeiros parem de interferir nos assuntos internos da China por meio das questões de Hong Kong".
De acordo com o Global News, na quinta-feira (31), Londres e Washington publicaram dois relatórios separados com uma conclusão semelhante, alegando que Hong Kong está enfrentando uma erosão de direitos e liberdades políticas sob o governo de Pequim.
"As ações das autoridades chinesas e de Hong Kong continuam minando sistematicamente os direitos e liberdades prometidos ao povo de Hong Kong", diz o relatório britânico.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também comentou o assunto, culpando o Partido Comunista Chinês por supostamente desmantelar as instituições democráticas de Hong Kong.
"As liberdades de Hong Kong estão diminuindo, enquanto a [China] aperta seu domínio. As diferenças entre Hong Kong e as cidades da China continental estão diminuindo devido à repressão em curso da República Popular da China", afirmou Blinken.
Antes de 1997, Hong Kong era uma colônia do Império Britânico. Hoje, a cidade é uma das duas regiões administrativas especiais da China, ao lado de Macau. Sob o princípio "um país, dois sistemas", Hong Kong goza de um status especial, mantendo sistemas econômicos e governamentais separados da China continental.