Somente as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk trabalharam neste resgate junto a Moscou, informou o chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Federação da Rússia, Mikhail Mizintsev.
"Em que pese todas as dificuldades e obstáculos criados por Kiev neste último dia, e sem a participação de suas autoridades oficiais [locais e internacionais], 14.168 pessoas foram evacuadas para a Rússia das regiões perigosas da Ucrânia, incluindo 891 crianças", disse ele.
Desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, 557.565 pessoas, incluindo 111.870 crianças, foram abrigadas em território russo.
Retirada de reféns das mãos dos extremistas em Mariupol
O Ministério da Defesa russo também informou, neste sábado (2), que a Rússia está pronta para ajudar na retirada imediata de estrangeiros que foram feitos de reféns por nacionalistas ucranianos em Mariupol. O país também se comprometeu com o cessar-fogo imediato para a saída dessas pessoas.
De acordo com a pasta, a decisão foi tomada de acordo com o pedido do presidente turco Recep Tayyip Erdogan ao presidente russo Vladimir Putin para ajudar a evacuar os estrangeiros reféns dos batalhões nacionalistas ucranianos em Mariupol, disse o chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Federação da Rússia, Mikhail Mizintsev.
"De acordo com o pedido do presidente da República da Turquia ao presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin, foi tomada a decisão de prestar assistência total na retirada de cidadãos de países estrangeiros reféns dos restantes militantes dos batalhões nacionalistas em certas áreas de Mariupol", disse Mizintsev.
A Rússia também está pedindo às organizações internacionais, incluindo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, para que obriguem as autoridades de Kiev a notificar a Rússia, a Turquia e todas as organizações relevantes no domingo (3) de sua prontidão para realizar a evacuação.
No sábado (2), o Comitê de Investigação da Rússia, principal autoridade investigativa do país, abriu um processo criminal contra militantes ucranianos por manter reféns em uma maternidade em Mariupol.
Segundo o comitê, em 1º de abril, militantes ucranianos não identificados dispararam contra o prédio da maternidade e depois invadiram a unidade hospitalar usando armamento pesado e capturando pelo menos 100 civis, incluindo mulheres grávidas e cerca de 40 crianças, usando-os como reféns e "escudos humanos".
Nas primeiras horas de 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia depois que as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk pediram ajuda para se defenderem das forças de Kiev.
A Rússia disse que o objetivo de sua operação especial é desmilitarizar e "desnazificar" a Ucrânia e que apenas a infraestrutura militar está sendo visada - a população civil não está em perigo.
Moscou enfatizou repetidamente que não tem planos de ocupar a Ucrânia.