"O União Brasil tem na sua essência a defesa da democracia. Nascemos pautados pelo respeito ao espírito colegiado e seguiremos assim na tomada de todas as decisões internas", afirmou o partido, conforme noticiado pela Folha de S.Paulo.
Na nota, a sigla, que se dividiu nos últimos dias em relação à filiação do ex-juiz, declara que "o ex-ministro Sergio Moro é um homem íntegro, capaz de enriquecer, junto às demais lideranças partidárias, a discussão sobre o futuro que almejamos para o país".
"Sua filiação ao União Brasil tem como objetivo a construção de um projeto político-partidário no estado de São Paulo e facilitar a construção do centro democrático, bem como o fortalecimento do propósito de continuarmos crescendo em todo país", diz o comunicado.
O texto é assinado por líderes dos dois lados, dos antigos PSL e Democratas: Luciano Bivar, entusiasta da candidatura presidencial de Moro, e ACM Neto, secretário-geral do partido, que lidera a ala contrária à postulação do ex-juiz. O primeiro-vice-presidente da sigla, Antonio Rueda, também assina o documento.
Embora em menor número, a ala de ACM Neto tem poder de veto nas decisões do partido.
Na sexta-feira (1º), o grupo ameaçou apresentar requerimento para impugnar a filiação de Moro, um dia após seu ingresso à legenda.
O ex-ministro trocou o Podemos pelo União Brasil na reta final do prazo da janela partidária para as eleições. No ato de filiação ao novo partido, o ex-juiz afirmou, em publicação nas redes sociais, que "abriria mão" da candidatura à presidência naquele momento. Assim, a hipótese de sua candidatura à Câmara dos Deputados ou ao Senado por São Paulo passou a ser ventilada.
Porém, um dia depois, em pronunciamento, declarou que ainda não havia "desistido de nada".