As autoridades dos EUA aumentaram significativamente na última semana as importações petrolíferas da Rússia, apesar das sanções antirrussas exigidas à Europa por Washington, disse Mikhail Popov, vice-secretário do Conselho de Segurança russo em entrevista ao jornal Komsomolskaya Pravda.
"Os EUA obrigaram os europeus a introduzir sanções antirrussas, e ao mesmo tempo não só continuam importando petróleo da Rússia, mas também aumentaram na última semana o volume de fornecimento do 'ouro negro' em 43%, para até 100.000 barris por dia!", comentou ele em artigo publicado na quarta-feira (3).
"Além disso, Washington permitiu às suas empresas exportarem fertilizantes minerais da Rússia, que consideraram produtos de primeira necessidade", observou Popov.
Segundo ele, a Europa deve esperar mais "surpresas" desse tipo no futuro por parte dos EUA, e que "por enquanto Washington não permite aos europeus tomar semelhantes medidas".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma operação militar especial na Ucrânia, depois que as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk pediram ajuda para se defenderem das forças de Kiev.
A Rússia disse que o objetivo de sua operação especial é a "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia", defender a população russófona de Donbass, e que apenas a infraestrutura militar está sendo visada. Moscou também sublinhou repetidamente que não tem planos de ocupar a Ucrânia.
Em resposta, os países ocidentais impuseram uma vasta gama de sanções à Rússia, incluindo um congelamento de grandes quantidades de reservas em euros do Banco Central russo, e contra empresários russos. No entanto, não houve um aumento significante de restrições contra o petróleo e gás da Rússia.