Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, acusou no sábado (2) seu homólogo da Colômbia de planejar uma série de ataques contra seu país, durante um discurso no Primeiro Encontro Nacional de Ativistas do Movimento Somos Venezuela.
"Receberam a ordem de Iván Duque para, antes que ele deixe a presidência, aprofundar os ataques terroristas e sabotar a vida social e os serviços públicos" da Venezuela, disse Maduro sobre uma reunião do presidente colombiano com grupos da direita em Bogotá.
Maduro garantiu que o sistema elétrico e o serviço de água são os principais objetivos desse plano, pedindo assim a todos os órgãos de segurança e outras pessoas para estarem em alerta permanente frente às ameaças externas.
11 de fevereiro 2022, 06:50
Ele também afirmou que, graças ao esforço, trabalho e inteligência coletivos, a Venezuela está caminhando rumo à prosperidade para construir um novo Estado de bem-estar social.
Em fevereiro de 2020, o presidente venezuelano acusou os EUA e a Colômbia de ordenarem um "ataque terrorista" contra um armazém de empresas de telecomunicações estatais no estado de Carabobo, no centro da Venezuela. Em outubro de 2020, Nicolás Maduro culpou Duque e o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe por um ataque à refinaria de Amuay, no noroeste venezuelano, que qualificou como parte de uma "guerra suja" e "desprezível" contra as "indústrias fundamentais" do país.
Já em março de 2021 o alto responsável da Venezuela pediu às Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) para "ter cuidado" com operações realizadas na fronteira com a Colômbia contra grupos armados irregulares, declarando que Duque estava procurando gerar um conflito entre os dois países em aliança com o Comando Sul dos EUA.