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Adriano Pires desiste da presidência da Petrobras

Recusa de Adriano Pires e de Rodrigo Landim – indicado para comandar o Conselho Administrativo da estatal –, ambos indicados por Bolsonaro, abre nova crise na petrolífera brasileira.
Sputnik
De acordo com o jornal O Globo, o economista, Adriano Pires, desistiu de ocupar a cadeira da presidência da Petrobras nesta segunda-feira (4).
Pires foi indicado pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), após o mandatário demitir o general Joaquim Luna e Silva da chefia da estatal no dia 28 de março. A mídia afirma que sua desistência tem como motivo "os conflitos de interesse que ele enfrentaria na Petrobras".
Junto a Pires, no entanto anunciado no domingo (3), quem também renunciou à indicação para chefia do Conselho Administrativo da companhia foi o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, alegando a mesma razão que Adriano Pires.
Além de economista, Pires atua como consultor na área da energia e entre seus clientes está o empresário e sócio de distribuidoras de gás Carlos Suarez, que é também amigo de décadas de Landim. Outros clientes do consultor são a associação do setor (Abegás), a Compass, concessionária de gás do empresário Rubens Ometto, e diversas outras empresas do setor.
Segundo a mídia, em 2021, Pires trabalhou no Congresso pela aprovação da lei do gás, com artigos que eram do interesse das distribuidoras.
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Ainda de acordo com o jornal, o dossiê da Petrobras sobre Landim e Pires assustou o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e técnicos da Corregedoria-Geral da União (CGU).
Nos documentos apresentados ao ministro na última quarta-feira (30), consta que Landim tem uma série de processos e acusações pendentes na Justiça que atestam sua relação com o empresário Carlos Suarez e configurariam conflito de interesse caso ele assumisse. Colocariam, também, a imagem da Petrobras em risco, relata O Globo.
Já Pires, a conclusão é de que, se assumir o cargo, ele terá "conflitos demais", segundo pessoas que tiveram acesso às informações do relatório.
Os dois nomes foram indicados por Bolsonaro e suas desistências abrem uma outra crise, além da dos combustíveis, dentro da petrolífera brasileira.
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