O posicionamento do país em Nova York é um respaldo à posição de neutralidade sobre a operação militar especial da Rússia na Ucrânia, desencadeada em 24 de fevereiro.
Na última sexta-feira (1º), um oficial admitiu que a China atua como mediadora nas negociações entre Rússia e Ucrânia, mas que esse papel não deve ser superestimado.
"As reportagens e as imagens de mortes de civis em Bucha são muito perturbadoras. As causas específicas e as circunstâncias relevantes do incidente devem ser estabelecidas e verificadas. Todas e quaisquer acusações devem ser baseadas em fatos antes que conclusões sejam esboçadas. Todas as partes devem exercitar os limites e evitar acusações infundadas", ponderou o diplomata chinês durante encontro do Conselho de Segurança da ONU hoje (5).
Imagens que supostamente mostram corpos de civis mortos nas ruas da cidade de Bucha surgiram vários dias após a saída das forças russas da área e a entrada das forças ucranianas.
Durante a mesma reunião do Conselho de Segurança, o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, contestou as alegações das delegações ucraniana e ocidentais sobre as forças russas cometerem atrocidades em Bucha, afirmando que as forças e os radicais ucranianos são responsáveis por abusos de civis e prisioneiros de guerra, bem como violações de direitos humanos e de acordos humanitários.
Vocês viram os corpos, ouviram as histórias. Mas vocês só viram o que eles quiseram lhes mostrar. Vocês não podem deixar de ver as inconsistências gritantes na versão dos eventos promovida pela mídia ucraniana e ocidental. Não havia corpos na cidade imediatamente após a retirada das tropas russas, como evidenciado por vários vídeos ao mesmo tempo", disse Nebenzya.
A Rússia lançou a operação especial na Ucrânia para "desmilitarizar" e "desnazificar" o país depois que as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pediram ajuda para defendê-las de ataques de tropas ucranianas.