De acordo com informações divulgadas em reportagem do Phys.org, pesquisas anteriores à recém-publicada na revista acadêmica Physical Review Letters sugerem que a formação de uma estrela de nêutrons acontece durante supernovas e que, caso duas dessas estrelas entrassem em rota de colisão, elas invariavelmente acumulariam níveis insustentáveis de massa e se colapsariam em um buraco negro.
"Mostramos que essas estrelas de nêutrons 'magneticamente supermassivas' podem evitar o colapso e sobreviver por alguns anos antes que sua energia magnética seja suficientemente dissipada devido à difusão ambipolar. Além disso, especulamos sobre assinaturas multimensageiras de tais objetos e discutimos a robustez de nossos resultados contra as limitações impostas pela superfluidez de nêutrons e evolução magnetotérmica", escreveram os pesquisadores no estudo.
Nesta nova teoria, os cientistas sugerem que uma estrela que não está girando ainda pode persistir por um período de tempo dependendo de circunstâncias únicas, como a força dos campos magnéticos de ambas as estrelas de nêutrons antes da colisão, suas massas e temperaturas centrais.
A dupla de astrofísicos Arthur Suvorov, do instituto Manly Astrophysics, e Kostas Glampedakis, da Universidade de Murcia, na Espanha, acredita que se um campo magnético forte o suficiente for gerado após a colisão das estrelas, ele poderia atrasar a transformação do evento em um buraco negro por anos.
O próximo passo para os pesquisadores é colocar em prática essa teoria em futuras observações. De acordo com a dupla, é possível fazer o monitoramento necessário de maneira simultânea a outras pesquisas já em andamento, como estudos de ondas gravitacionais de estrelas de nêutrons.