De acordo com o MRE russo, o trabalho com os parceiros regionais foi realizado e segue em andamento independentemente da atual situação política internacional.
"Este trabalho continuará para reduzir os riscos das sanções para a implementação da cooperação econômica e comercial com os países da América Latina. Estou certo de que chegaremos a acordos e decisões relevantes. Vamos nos esforçar para agir dinamicamente", informou.
"Entendemos que os latino-americanos estão submetidos à forte pressão do 'Ocidente coletivo', que utiliza todo o arsenal de meios e influência política para isso, bem como promessas econômicas e chantagem. Ao mesmo tempo, ele abertamente não cuida das consequências socioeconômicas globais das sanções impostas contra a Rússia, inclusive nos setores energético, financeiro e alimentar", afirmou o diplomata russo.
Mesmo ante a saída dos empresários americanos e europeus da Rússia, Moscou está aberta à cooperação internacional, inclusive com os países da América Latina: "Em quais direções continuará a cooperação e quais novas áreas incluirá, isso é uma questão para os círculos empresariais dos nossos países. O diálogo com eles não está interrompido."
A escalada de sanções impostas pelo Ocidente transformou a Rússia na nação mais sancionada do mundo, de acordo com a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
Ao todo, estão em vigor 8.068 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o dobro das 3.616 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Em seguida aparecem a Síria (2.608), a Coreia do Norte (2.077), a Venezuela (651), Mianmar (510) e Cuba (208).