Após terem os trens de pouso configurados, as aeronaves foram rebocadas pelas ruas da cidade de Navegantes, em Santa Catarina, até o aeroporto local, onde passaram por testes e foram preparadas para os voos inaugurais.
As aeronaves surgiram com a pintura definitiva cinza da base em que permanecerão em Anápolis, em Goiás, e seguiram para Gavião Peixoto, em São Paulo, que é a base do centro de ensaios do Gripen no Brasil.
Comandante da FAB, Carlos de Almeida Baptista Junior afirmou que as aeronaves elevam as capacidades dissuasórias do país.
Estas novas aeronaves farão parte da fase de Certificação de Tipo Militar, a licença para a operação na FAB e em outras Aeronáuticas.
Espera-se que as aeronaves estejam operacionais até o fim do ano com outras quatro aeronaves que devem chegar da Suécia.
Brasil tem um Gripen desde 2020 para testes, mais dois deverão chegar neste semestre para ratificar a certificação militar feita na Suécia. A FAB espera ter um total de seis caças até o final de 2022.
Além das próprias aeronaves, tem sido negociada a obtenção dos respectivos mísseis Meteor, do consórcio europeu MBDA, com a FAB tendo recebido já um lote em 24 de novembro de 2021 e, antes disso, um para testes no Gripen já em posse da força brasileira.
O míssil além do alcance visual (BVR, na sigla em inglês) é disparado a uma distância de 100 a 200 km de seu alvo e pode ou não atualizar sua rota através de conexão digital, o que deixa muito pouco tempo de reação ao adversário.
Foi também negociada para os Gripen a aquisição do míssil ar-ar de curto alcance IRIS-T, produzido pela Alemanha e Itália, que deverá substituir o análogo brasileiro MAA-1 Piranha. Ambos os mísseis serão os mais avançados na América do Sul.
O Brasil comprou 36 Gripen, oito deles no modelo F de dois lugares, em 2014 por R$ 19,6 bilhões. As aeronaves devem ser entregues até 2026.