Além de falar sobre a importância do relacionamento entre os dois países durante ligação telefônica nesta sexta-feira (8), Xi Jinping garantiu um maior investimento chinês nas Filipinas e um aumento na compra de mercadorias. O presidente da China também deixou clara sua postura sobre influências externas.
"Os desenvolvimentos internacionais provam mais uma vez que a segurança regional não pode ser alcançada pelo fortalecimento de alianças militares e a China está disposta a trabalhar com as Filipinas e os países da região, [...] para manter a liderança da segurança regional firmemente em suas próprias mãos e manter conjuntamente a paz e a estabilidade duramente conquistadas na região", disse Xi Jinping durante diálogo entre os líderes.
De acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China, divulgado pelo South China Morning Post (SCMP), Duterte disse que seu governo está interessado em trabalhar com a China na prevenção da pandemia, comércio, infraestrutura e turismo.
O telefonema entre os dois presidentes acontece em um momento delicado do relacionamento das duas nações, tendo em vista que no próximo mês vão ser realizadas as eleições presidenciais nas Filipinas.
Nos últimos meses, os EUA vêm intensificando suas relações com aliados e parceiros para combater a influência chinesa na Ásia. De acordo com o SCMP, Pequim está preocupada com uma possível aproximação das Filipinas aos EUA.
No final de 2021, as Filipinas foram um dos países que apoiaram a AUKUS, a aliança militar entre Estados Unidos, Austrália e Reino Unido.
Também terminou nesta sexta-feira (8) o exercício anual Luzon, uma parceria entre os exércitos dos EUA e das Filipinas. De acordo com um comunicado da embaixada norte-americana em Manila, o exercício teve como objetivo desenvolver operações de segurança marítima, uso de transporte anfíbio e combate ao terrorismo, ajuda humanitária e resposta a desastres.
Enquanto isso, ainda nesta semana, o SCMP divulgou que as Filipinas e o Japão devem realizar suas primeiras conversas 2+2 em Tóquio, no sábado (9), onde os ministros das Relações Exteriores e da Defesa de ambos os lados vão se reunir para "estabelecer as bases para a parceria de segurança", segundo Manila.