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Cientistas da China refutam mito de búnqueres como 'bala mágica' contra ataques nucleares

Até agora tem se acreditado que os búnqueres oferecem grande proteção contra quaisquer ataques nucleares, mas uma pesquisa chinesa aponta para uma muito maior capacidade de penetração das respetivas ogivas.
Sputnik
As fortificações subterrâneas são muito mais vulneráveis a explosões nucleares do que se pensava até agora, afirma um estudo publicado na revista Journal of Rock Mechanics and Engineering.
Em um artigo de sexta-feira (8), publicado no jornal South China Morning Post, Li Jie, cientista chefe de projeto da Universidade de Engenharia do Exército de Libertação Popular (ELP) da China em Nanjing e um dos autores do estudo, escreveu que os especialistas "subestimaram fortemente o verdadeiro impacto" de armas nucleares.
Os cientistas chineses construíram uma maquete em pequena escala e dispararam uma bala especial na rocha que criaria um impacto equivalente à explosão de uma bomba nuclear de 200 kilotoneladas. Eles descobriram que uma explosão devidamente colocada poderia ampliar o poder destrutivo da bomba em 1.000 vezes.
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Assim, mesmo uma ogiva de baixo rendimento explosivo seria capaz de desencadear um terremoto suficiente para destruir locais fortemente fortificados a uma distância considerável do local do impacto. Um túnel dois quilômetros abaixo do solo seria espremido pelas rochas ao seu redor até ficar preenchido por elas.
Anteriormente foi suposto que as armas anti-búnquer, tanto convencionais como nucleares, podiam alcançar uma profundidade máxima de 40 metros antes de explodir, com as ondas de choque se dissipando com o aumento da distância da explosão.
Vários poderes nucleares foram confirmados ou suspeitos de ter instalações de comando subterrâneas para a possibilidade de uma guerra nuclear, como os EUA, Rússia e a China, enquanto o Irã e a Coreia do Norte as construíram nas profundezas de montanhas.
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