Durante um evento em Washington nesta sexta-feira (8), o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) reafirmou diversas vezes ainda ter interesse em disputar a presidência do Brasil, mesmo após seu próprio partido ter descartado a ideia alguns dias atrás, relata a Folha de São Paulo.
"Eu não posso ir para um novo partido e dizer: 'Oh, sou o candidato presidencial'. Mas meu nome está disponível para esta posição ou outra que eles entendam que possamos trabalhar. Mas já disse que não serei candidato a deputado federal", declarou.
O ex-ministro da Justiça também explicou que ter saído do Podemos e seguido para o União Brasil "foi um passo atrás necessário" para ter a possibilidade de "vencer a polarização".
"Meu nome segue disponível na mesa. É claro, isso depende da decisão do presidente do partido, Luciano Bivar. Eu disse desde o começo que nunca desistiria da eleição presidencial. Isso [mudar de legenda] foi apenas dar um passo atrás, que eu senti ser necessário para ter a possibilidade de vencer [...]. Entendi que eu preciso de um partido mais forte para vencer a polarização."
Na semana passada quando se filiou ao União Brasil, inicialmente, o Moro disse que havia desistido da candidatura presidencial, mas logo depois recuou. Isso fez com que uma ala da sigla, segundo a mídia chefiada por ACM Neto, ameaçasse pedir a impugnação da filiação do ex-juiz por não querer que ele seja o candidato do partido ao Planalto.
No sábado (2), a direção do partido divulgou uma nota na qual ressaltou que Moro deveria se concentrar em São Paulo.
De acordo com a mídia, Moro chegou aos EUA na quinta-feira (7), dia em que teve um encontro com Luís Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) também em Washington. No sábado (9), o ex-juiz seguirá para Boston para participar da Brazil Conference.