A economia da Venezuela pode vivenciar um "verdadeiro milagre econômico" segundo avaliação de Alberto Rojas, da Credit Suisse, publicada no portal Bloomberg.
O aumento na produção de petróleo "desencadeia uma recuperação impressionante do PIB do país", que sofreu um declínio dramático em meio às sanções dos EUA, disse Rojas.
"Não são erros de digitação", escreveu o economista, ressaltando que o crescimento da Venezuela pode estar entre "os mais fortes do mundo nos próximos anos".
"No entanto, queremos ser claros, as impressões de alto crescimento não devem surpreender, depois que a economia venezuelana atingiu o fundo do poço em 2020", diz a nota.
O analista acrescentou que a arrecadação venezuelana de impostos em dólares pode ter um crescimento de mais de 40% neste ano, enquanto as importações podem crescer mais de 15%.
Enquanto isso, o país deve registrar um superávit em conta corrente de cerca de US$ 4 bilhões (R$ 18,7 bilhões).
A economia da Venezuela está sob forte pressão nos últimos anos, com a situação se deteriorando após a aplicação de sanções pelos EUA em 2019.
As penalidades atuais colocam o país latino em quinto lugar nas classificações globais das nações mais sancionadas.
Na época, os EUA e seus aliados reconheceram o líder da oposição, Juan Guaidó, como o presidente legítimo do país, após alegações de fraude eleitoral.
Washington então ordenou o congelamento de todos os ativos do governo venezuelano nos Estados Unidos, proibindo transações com cidadãos e empresas norte-americanos.
O Reino Unido juntou-se ao boicote ao congelar as reservas de ouro do país mantidas no Banco da Inglaterra.
20 de dezembro 2021, 19:55