Desde que chegou à Kiev e se juntou aos mercenários que lutam na região, James Vasquez passou a publicar diariamente nas redes sociais a sua rotina e concedeu algumas entrevistas à imprensa do Reino Unido.
Nos últimos dias, segundo informações do Daily Mail, ele criticou a postura dos EUA no conflito e fez um apelo à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
"Dê-nos algumas armas, por favor. Não ganharemos com 'armas lixo'. Precisamos de M16, M4, ACOGs [um tipo de mira telescópica], pontos vermelhos, munições e dardos", afirmou. Segundo ele, se não for possível enviar armas boas, a aliança militar "pode muito bem enviar os sacos de corpos".
O mercenário compartilhou um vídeo, nesta sexta-feira (6), no qual revelou ter modificado sua própria AK-47 com o dinheiro que levou para a Europa. Ele ainda reclamou que o governo ucraniano lhe deu uma arma ruim.
O veterano norte-americano lamentou o fato de que as autoridades de Kiev esperavam que ele "entrasse em batalha apenas com drones, AK-47s e uma granada. Nada mais".
Ao comentar o constante suprimento de armas prometido a Kiev pelos aliados da OTAN e dos EUA, James Vasquez disse que ainda não chegou às suas mãos nada que fosse "útil ou confiável".
O militar norte-americano, que serviu duas vezes no Iraque e uma no Afeganistão, faz parte da legião de mercenários internacionais que participa dos combates ao lado das forças nacionalistas ucranianas.
A Rússia alertou repetidamente os países estrangeiros sobre as consequências do envio de mercenários à Ucrânia. Moscou enfatizou que qualquer um que disparar contra tropas russas durante a operação especial será considerado um alvo.