"Os países ocidentais participam diretamente dos acontecimentos atuais, uma vez que seguem fornecendo à Ucrânia armas e munições, provocando assim mais derramamento de sangue", disse Antonov à revista americana Newsweek.
"Avisamos que tais ações são perigosas e provocativas, já que são dirigidas contra o nosso país", ressaltou o diplomata, acrescentando que isso "pode levar os EUA e a Rússia para um caminho de confronto militar direto".
De acordo com suas palavras, "quaisquer entregas de armas e equipamento militar por parte do Ocidente, transportadas em comboios através do território ucraniano, são um alvo militar legítimo para as nossas Forças Armadas".
Ele afirmou que a Ucrânia passou a receber enormes quantidades de armamento ocidental quando o presidente do país, Vladimir Zelensky, anunciou os planos de obter armas nucleares.
"Os países-membros da OTAN começaram o aproveitamento militar da Ucrânia. Ela ficou repleta de armamento do Ocidente, enquanto o presidente Vladimir Zelensky anunciou os planos de Kiev de obter armas nucleares", disse ele, citado pela revista americana.
Conforme o embaixador russo, "a morte" dos Acordos de Minsk resultou de "uma loucura nacionalista e sentimentos revanchistas do regime de Kiev", que escolheu um caminho de rápida militarização.
A operação especial russa na Ucrânia "é resultado da falta de desejo por parte do regime de Kiev de parar o genocídio dos russos por meio do cumprimento de seus compromissos em conformidade com os acordos internacionais".
O embaixador apontou que os objetivos da operação russa são a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia a fim de reduzir as ameaças militares por parte dos países ocidentais, que tentam usar o povo ucraniano na luta contra a Rússia.