"A partir da Venezuela o denunciamos, eles querem ir para a guerra a fim de desmembrar a Rússia, parti-la em pedaços, destruí-la e acabar com a esperança de um mundo multipolar, onde possamos viver todos e todas", expressou o governante em declarações do Palácio de Miraflores nesta sexta-feira (8).
Maduro afirmou que existe uma "ditadura midiática" e acusou a imprensa ocidental de difundir "mentiras obscenas", se referindo à situação atual na Ucrânia.
"Se em algum momento houve uma ditadura midiática no mundo, é neste momento, a ditadura midiática do Ocidente com suas mentiras obscenas e suas campanhas contra a humanidade", afirmou o chefe de Estado.
No início de seu discurso, o mandatário venezuelano alertou para o ressurgimento de grupos fascistas no mundo e garantiu que em seu país eles foram controlados. O surgimento de nazistas da Ucrânia, afirmou Maduro, acelerou os planos de mudança da ordem mundial.
Durante transmissão do canal de TV estatal venezuelano, o presidente denunciou o fato de a campanha midiática do Ocidente contra a Rússia poder desencadear uma terceira guerra mundial.
"Hoje, mais do que nunca, estamos assistindo a uma ditadura midiática do Ocidente contra o mundo, para justificar uma escalada que pode levar a uma guerra desastrosa, a uma terceira guerra mundial, o Ocidente está sendo alienado econômica, política, diplomática e militarmente para entrar em uma grande guerra contra a Rússia", disse ele.
Em 7 de abril, a Assembleia Geral da ONU aprovou, com 93 votos a favor, 24 contra e 58 abstenções, a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos do órgão. A decisão foi uma resposta ao pedido dos EUA de expulsar o país, sob o argumento de que a Rússia cometeu crimes na cidade ucraniana de Bucha, perto de Kiev.
As autoridades russas qualificaram de montagem os fatos denunciados por Washington e reiteraram que suas forças militares não têm qualquer participação nas imagens que foram divulgadas sobre Bucha.