A candidata de extrema-direita Marine Le Pen aparece logo em seguida, com 23,4% de endosso eleitoral, após 99% das urnas apuradas.
Em terceiro lugar, de acordo com as contas oficiais, vem o candidato de esquerda Jean-Luc Mélenchon, com 22% (contra os 19,58% que ele obteve em 2017).
Horas antes do término da apuração, Manuel Bompard, diretor de campanha de Mélenchon, admitiu que o candidato não passaria para o segundo turno das eleições presidenciais francesas.
"Hoje à noite, @JLMelenchon terminará com quase 22% dos votos [válidos nas eleições]. É um resultado extraordinário. Obrigado a todos que contribuíram. Infelizmente, isso não será suficiente para colocá-lo na segunda etapa [do pleito presidencial]. Mas há orgulho em todo esse progresso!", escreveu Bompard em seu Twitter na noite deste domingo (10), aludindo aos resultados obtidos por Mélenchon em disputas anteriores.
Éric Zemmour, candidato de extrema-direita e fundador do partido da Reconquista, está em quarto lugar com 7%. A quinta colocada é Valerie Pekress, do partido de centro-direita Republicanos, com 4,79%.
O pleito deste domingo (10) foi marcado por uma forte abstenção: 25,14% dos eleitores não foram às cabines de votação.
A contagem parcial aponta para uma reedição do cenário da eleição presidencial anterior, em 2017, na qual o atual presidente também disputou um pleito acirrado contra a mesma adversária.
Enquetes feitas com eleitores franceses, neste domingo (10), apontam que, em um eventual segundo turno entre os dois, Macron venceria com 52% dos votos.
A próxima etapa das eleições presidenciais entre os dois candidatos mais votados ocorre em 24 de abril.
"Nada está decidido e a luta que lideraremos nos próximos 15 dias será decisiva para a França e para a Europa", discursou Emmanuel Macron diante de seus correligionários, que o aplaudiram sob o coro de "mais cinco anos".
O próximo presidente eleito do país terá esse período de tempo para administrar o país – ou seja, até 2027.
Macron, de 44 anos, prosseguiu seu discurso dizendo que seu governo estará voltado a "estender a mão a todos aqueles que querem trabalhar para a França".
Também havia um clima de otimismo entre os apoiadores da filha de Jean-Marie Le Pen, Marine, de 53 anos. Em seu discurso, ela afirmou que, se eleita, vai "implementar a grande alternância que a França precisa".