O autor do artigo considera que os países europeus ficaram em um beco sem saída, uma vez que não tomar tal decisão seria considerado como recusa de ajudar a Ucrânia.
"Claro, a Europa entende qual o destino que está reservado para ela. Porém, ela se encontra praticamente em uma situação sem saída. Porque, se a Europa se opuser às exigências americanas de embargar o gás russo, será dito aos europeus que não estão a apoiar suficientemente a Ucrânia, que estão o fazendo formalmente, enquanto nos bastidores estão 'de forma egoísta' realizando acordos energéticos com a Rússia", diz o artigo.
O observador sugere que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, pode aproveitar a situação, se tornando o primeiro a acusar os europeus, já que atualmente "todas as tribunas estão abertas para ele".
"Os EUA vão pressionar a UE a dar um golpe na Rússia, como dizem os americanos, 'ainda mais doloroso'. Dá para entender por que a União Europeia não se apressa a tomar medidas desse tipo, pois essa 'dor' será sentida pelo próprio bloco", sublinhou o autor da matéria.
Mesmo assim, resume, há na Europa quem se oponha às sanções, como o ministro das Finanças austríaco, Magnus Brunner, que na segunda-feira (11) declarou sua posição. Recentemente, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que as sanções devem ser impostas contra o petróleo e o carvão, mas não mencionou o gás russo.
Em 24 de fevereiro, o presidente Vladimir Putin anunciou o início da operação especial russa na Ucrânia. Em resposta, os países ocidentais introduziram sanções em grande escala contra Moscou, principalmente no setor bancário e nas entregas de produtos de alta tecnologia. Além disso, diversas grandes empresas multinacionais e marcas saíram da Rússia.