De acordo com suas palavras, a declaração de Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE, "coloca um ponto final em uma certa etapa de existência da União Europeia" e é "uma declaração de passagem para uma nova qualidade".
Recentemente, Borrell, ao comentar os eventos na Ucrânia, escreveu no Twitter que "essa guerra vai ser ganha no campo de batalha". Em seu posto, o chefe da diplomacia europeia também relembrou sobre os alocados 500 milhões de euros para entregas de armas, que vão ser escolhidas em conformidade com as necessidades da Ucrânia.
"[Essa declaração] passa o trabalho da UE para uma qualidade completamente diferente: de bloco econômico, humanitário, organização política, essa estrutura se tornou uma parte da máquina militar agressiva do espaço atlântico sob o guarda-chuva da OTAN, certamente", constatou Zakharova no ar do canal de TV Rossiya-24.
Além do mais, a representante comentou a expulsão de diplomatas russos. A partir do início da operação especial da Rússia na Ucrânia, os países ocidentais, inclusive a Polônia, Alemanha, França, Itália e Espanha, declararam personae non gratae mais de 300 diplomatas do país.
Segundo ela, os países ocidentais na verdade impõem sanções pessoais:
"No fim das contas, aquilo que se aplica agora em relação aos diplomatas russos é uma grande submissão deles às sanções [...] Atualmente, os diplomatas russos estão sob pressão em massa das sanções".
De acordo com as palavras de Zakharova, a declaração nesse caso não tem a ver com as realidades diplomáticas, pois os procedimentos respectivos, quando na base dos fatos entrega-se uma nota de protesto e realiza-se uma troca de um diplomata por outro, não tinham sido seguidos.