Na segunda-feira (11), o batalhão ucraniano Azov, com ideologia neonazista amplamente reconhecida, acusou as forças russas de terem usado uma substância química venenosa contra seus combatentes em Mariupol.
"A secretaria está preocupada com relatos ainda não confirmados sobre o uso de armas químicas em Mariupol, que foram veiculados na mídia durante as últimas 24 horas", disse um porta-voz da OPAQ.
Com sede em Haia, na Holanda, o órgão de vigilância de armas químicas da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que tanto a Rússia quanto a Ucrânia alertaram-no sobre ameaças de uso de substâncias tóxicas e letais como armas no conflito.
Um comunicado foi compartilhado com todos os 193 Estados-membros da organização.
A OPAQ continua monitorando de perto a situação na Ucrânia, acrescentou o porta-voz.
"De acordo com a Convenção sobre Armas Químicas, o secretariado permanece pronto para ajudar qualquer Estado-membro mediante pedido de auxílio, em caso de uso ou ameaça de uso de armas químicas", informou a OPAQ em nota enviada às nações.
A Rússia acusou as tropas ucranianas de planejar falsas operações no leste da Ucrânia, incluindo um envenenamento em massa em Avdeevka, na região de Donetsk, e um ataque a um enorme tanque de cloro na região da Carcóvia.
Ambos os países aderiram à organização localizada em Haia no final dos anos 1990, comprometendo-se, de tal modo, a nunca desenvolver, armazenar ou usar armas químicas.
A Rússia iniciou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, após as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pedirem ajuda para se defender dos ataques perpetrados pelo Exército ucraniano.
O Kremlin reiterou, em diversas ocasiões, que a operação tem como objetivo "desmilitarizar e desnazificar" a Ucrânia. Somente a infraestrutura militar do país está sob a mira do Exército russo. O país acrescentou que não tem planos de ocupar a nação vizinha.