"Pequim e Moscou buscam se posicionar como potências espaciais líderes, com a intenção de criar novas normas espaciais globais. Por meio do uso de capacidades espaciais e de contraespaço, eles aspiram a minar a liderança global dos EUA", disse a agência em um novo relatório sobre os desafios dos EUA para segurança no espaço.
Além disso, o órgão destacou que a frota espacial combinada da Rússia e da China cresceu 70% entre 2019 e 2021, enquanto de 2015 a 2018 os dois países aumentaram coletivamente seus conjuntos em mais de 200%.
O comunicado diz que os dados revelam "uma séria ameaça aos EUA e seus aliados". Além de China e Rússia, o texto alerta também sobre as capacidades espaciais da Coreia do Norte e do Irã.
De acordo com o relatório, tanto a China quanto a Rússia construíram potenciais espaciais "robustos e capazes", incluindo inteligência, vigilância e reconhecimento do espaço.
A agência afirma ainda que os sistemas atuais, como veículos lançadores e constelações de navegação por satélite, estão sendo constantemente aprimorados.
"Essas capacidades fornecem às suas forças armadas a capacidade de comandar e controlar todo o mundo", diz o documento.
Foguete Longa Marcha 5B Y2 carregando o módulo central da estação espacial chinesa Tianhe na plataforma de lançamento do Centro de Lançamento Espacial Wenchang, na província de Hainan, China, 23 de abril de 2021.
© REUTERS / China Daily
Segundo a agência, as redes de vigilância espacial chinesas e russas podem localizar, rastrear e caracterizar satélites em todas as órbitas da Terra com operações espaciais e sistemas de contraespaço.
De acordo com a DIA, os países também estão investindo em ciberespaço, armas de energia direcionada, capacidades em órbita e mísseis antissatélite baseados em terra com uma variedade de efeitos reversíveis e irreversíveis.