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TCU abre processo para Dallagnol e Janot reembolsarem gastos com diárias e passagens da Lava Jato

PGR Rodrigo Janot e o procurador Deltan Dallagnol. (foto de arquivo)
Órgão acredita que Deltan e Janot poderiam ter usado opções mais econômicas para os deslocamentos e hospedagens da equipe. Dallagnol falou que a medida é uma "clara reação do sistema contra investigadores que dedicam suas vidas ao combate à corrupção".
Sputnik
Em decisão unânime, Tribunal de Contas da União (TCU) responsabilizou nesta terça-feira (12) o ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF), Deltan Dallagnol, e o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por eventual pagamento de R$ 2 milhões decorrente de gastos com passagens e diárias para servidores que atuaram no processo da Operação Lava Jato.
De acordo com o UOL, o processo foi apreciado pela Segunda Câmara do TCU, que agora vai investigar o caso e aplicar eventuais ressarcimentos. A decisão teve como relator o ministro Bruno Dantas.
Na investigação, o TCU deverá solicitar ao Ministério Público de Contas que "identifique e elabore proposta de citação dos procuradores que propuseram o modelo de força-tarefa adotado na Lava Jato, analisando especificamente o papel do procurador Deltan Martinazzo Dallagnol, que era conhecido como coordenador da força-tarefa e era o procurador natural do caso", diz o texto do órgão citado pela mídia.
O ex-procurador da República Deltan Dallagnol durante a conhecida apresentação do PowerPoint, em coletiva da força-tarefa da Operação Lava Jato, do Ministério Público Federal (MPF), em Curitiba, em 14 de setembro de 2016.
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Caso Dallagnol seja condenado a ressarcimentos por gastos na operação, ele pode sofrer contestações em sua pré-candidatura a deputado federal pelo Podemos, já que um julgamento que o declare culpado pode torná-lo inelegível e retirar seus direitos políticos, conforme define a Lei da Ficha Limpa.
O ex-procurador-geral e o jurista foram procurados pela reportagem para darem seu parecer sobre a decisão. Janot disse que não concederia declarações, já Dallagnol afirmou que a ação é uma "clara reação do sistema contra investigadores que dedicam suas vidas ao combate à corrupção".
Em sua defesa, ele comparou que os R$ 2 milhões gastos na força-tarefa é um valor bem menor do que o de recuperação de R$ 15 bilhões aos cofres públicos durante a Lava Jato, segundo a mídia.
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