Segundo dados obtidos pelo veículo de imprensa, o Japão recebeu o convite de cada um dos países-membros da aliança. Os Estados integrantes da AUKUS estão interessados na parceria com Tóquio, uma vez que seu alto potencial tecnológico em tais domínios como o ciberespaço, tecnologias quânticas, inteligência artificial, entre outros, pode ser utilizado no desenvolvimento de armas hipersônicas e meios de combate radioeletrônico.
Contudo, os posicionamentos dentro do governo japonês a respeito das perspectivas dessa cooperação ficaram divididos. Alguns consideram que é importante reforçar a aliança em torno dos EUA em meio à ascensão militar da China, enquanto outros, ao contrário, duvidam da sua conveniência, uma vez que o Japão já tem relações bilaterais com cada um dos três Estados da parceria. Mais do que isso, o país não seria capaz de aderir a uma série de projetos da AUKUS, como, por exemplo, o projeto de submarinos nucleares.
O Japão saudou a criação da aliança defensiva no ano passado e apoiou a decisão do trio que visa o desenvolvimento das armas hipersônicas anunciada em abril.
Recentemente, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália concordaram em começar uma nova cooperação no desenvolvimento de armas desse tipo e meios de proteção contra esses.
Em meados de setembro do ano passado, a Austrália fechou um acordo com o Reino Unido e os EUA no âmbito de defesa e segurança no quadro da nova parceria AUKUS e anunciou sua saída do acordo de submarinos com a empresa francesa Naval Group. O acordo com a França previa a fabricação de 12 submarinos de ataque da classe Barracuda. O chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, logo qualificou a decisão de Camberra de romper o contrato de "golpe nas costas".