A Austrália e os EUA fizeram outra tentativa de persuadir as Ilhas Salomão a reconsiderar a assinatura de um acordo de segurança com a China.
Nesta quarta-feira (13), o ministro para o Desenvolvimento Internacional e o Pacífico da Austrália, Zed Seselja, se encontrou com o primeiro-ministro salomonense, Manasseh Sogavare, em Honiara, em uma tentativa de reduzir a presença militar chinesa na nação insular do Pacífico Sul.
"Pedimos às Ilhas Salomão, respeitosamente, que considerem não assinar o acordo e consultem a família do Pacífico no espírito de abertura e transparência regional, consistente com as estruturas de segurança de nossa região", disse Seselja após sua reunião com Sogavare.
A autoridade australiana assegurou ao premiê que Camberra está comprometida a trabalhar com os salomonenses em suas necessidades de segurança e fornecer assistência "rápida, transparente e com total respeito por sua soberania".
A Austrália já havia enviado seu chefe do Serviço Secreto de Inteligência, Paul Symon, e o diretor-geral de seu Escritório de Inteligência Nacional, Andrew Shearer, a Honiara para transmitir as preocupações que o acordo causou entre as nações do Pacífico.
O governo das Ilhas Salomão deu garantias aos australianos sobre o acordo bilateral de segurança e disse que não permitirá que Pequim construa uma base militar na região.
Falando sobre a proposta de acordo China-Ilhas Salomão em Sydney nesta quarta-feira (13), o general David Berger, do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, levantou preocupações sobre "a maneira como [isso] acontece e as consequências para as nações" envolvidas.
"Isto é, em outras palavras, uma extensão de 'ei, estamos aqui com um cheque, estamos aqui com dinheiro, gostaríamos de melhorar seu porto, seu aeródromo ou sua rodoviária'. E isso soa tão bom, até um ano ou seis meses depois", disse Berger, sugerindo que o acordo custará caro à nação do Pacífico a longo prazo.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse também nesta quarta-feira (13), em resposta às visitas de autoridades australianas e norte-americanas, que a cooperação em segurança não é direcionada a terceiros e pode servir como um complemento eficaz à cooperação regional existente.