De acordo com suas palavras, "a situação se agrava pela afluência de mercenários à Ucrânia a partir dos países europeus e do Oriente Médio, cujo recrutamento, violando as normas do direito internacional, é efetuado inclusive pelas missões diplomáticas ucranianas".
Além disso, segundo seus dados, no último mês e meio, Washington entregou a Kiev armas no valor total de US$ 1,65 bilhão (R$ 7,71 bilhões), embora as autoridades ucranianas não sejam capazes de assegurar o armazenamento adequado das armas fornecidas pela OTAN. Assim, esse armamento pode acabar no mercado negro de outros países.
"Todas essas pessoas estão fortemente armadas graças ao fato de que nos últimos oito anos os Estados-membros da OTAN têm ativamente fornecido armas, munições e equipamento militar à Ucrânia. Desde o início da operação militar especial, o montante da assistência militar à Ucrânia aumentou significativamente. Somente no último mês e meio, Washington entregou armas a Kiev no valor total de US$ 1,65 bilhão, fornecendo milhares de sistemas de mísseis portáteis Stinger, milhares dos sistemas anti-tanque Javelin, morteiros e outros tipos de armamento", especificou o vice-chanceler russo.
Conforme ele, "é óbvio que as autoridades da Ucrânia, que não controlam as ações dos militantes, não serão capazes de assegurar um armazenamento seguro dessas armas, que consequentemente podem acabar nos mercados negros de outros países".
Atualmente, segue o diplomata, foram distribuídos sem controle na Ucrânia mais de 25 mil unidades de armas de fogo, a todos os que o desejassem, enquanto até o início da operação russa havia no país mais de cinco milhões de armas ilegais.
"Tal quantidade de armas e grupos paramilitares irregulares, certamente, aumentam os riscos de extremismo e terrorismo tanto na região europeia, como além dela", acredita o diplomata.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação especial militar para "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia". O Ministério da Defesa da Rússia insiste que as Forças Armadas russas visam instalações da infraestrutura militar ucraniana, sem realizar ataques contra alvos civis em cidades.