"Durante a realização de atividades operacionais, as forças de segurança russas descobriram um prédio de escritórios, dentro do qual havia outra sala isolada discreta com uma entrada separada, usada pela subdivisão do 5º Departamento do Serviço de Inteligência Estrangeira da Ucrânia", afirmou uma fonte à Sputnik.
O local secreto foi descoberto por meio de uma dica de um ex-funcionário dos serviços especiais ucranianos.
Segundo relatos do ex-funcionário, uma tática usada era se passar por fotógrafo para se aproximar de potenciais informantes para, posteriormente, aliciá-los.
Algumas das promessas diziam respeito a casamentos "vantajosos" no Ocidente ou na Rússia. O ex-funcionário indicou ainda que uma das funções estabelecidas pelos ucranianos para mulheres era a de prostituta-informante.
"Depois de treinamento e estágios, as meninas recebiam atribuições como informantes ilegais ou sabotadoras sob disfarce", disse a fonte.
O informante entregou às forças de segurança russas os dados de identificação, como nomes, sobrenomes e dados de passaporte, e imagens de questionários preenchidos por cidadãos russos e estrangeiros de cerca de 20 residentes de Kherson.
Soldados ucranianos durante treinamento, em 30 de outubro de 2020, em Zolochiv, na Ucrânia
© Foto / Flickr / Avr Melissa Gloude
A Rússia iniciou a operação especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
Além disso, as Forças Armadas da Rússia têm acusado militares ucranianos de usar "métodos terroristas" nos combates, como fazer civis de "escudo humano" e se alojar em construções não militares.