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Mídia: Ministério das Finanças da Rússia pede ao Brasil apoio oficial no G20, FMI e Banco Mundial

Em carta endereçada a Guedes, governo russo pede ao Brasil que ajude a firmar a presença da Rússia nessas instituições. Para as Finanças russas, "o trabalho nos bastidores está em andamento no FMI e no Banco Mundial para limitar ou até mesmo expulsar a Rússia do processo de tomada de decisões".
Sputnik
Em uma carta enviada esta semana pelo Ministério das Finanças da Rússia, assinada pelo ministro Anton Siluanov, e endereçada ao ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, Moscou pede a Brasília que o Brasil apoie oficialmente a Rússia no Fundo Monetário Internacional (FMI), no Banco Mundial e no G20, de acordo com O Globo.

"Pedimos o seu apoio para evitar acusações políticas e tentativas de discriminação em instituições financeiras internacionais e fóruns multilaterais. Supomos que agora, mais do que nunca, é crucial preservar um clima de trabalho construtivo e a capacidade de promover o diálogo no FMI, no Banco Mundial e no G20", diz a carta.

A mídia afirma que obteve o documento e que no texto de seis parágrafos, o governo russo reclama das sanções e diz que está passando "por um período desafiador de turbulência econômica e financeira".

"Quase metade das reservas internacionais da Federação da Rússia foram congeladas, as transações de comércio exterior estão sendo bloqueadas, incluindo aquelas com nossos parceiros de economias de mercados emergentes. Existem dificuldades em cumprir as obrigações da dívida soberana apenas devido à falta de acesso às nossas contas em moeda estrangeira", relata o documento.

Ainda na carta, Moscou diz que os Estados Unidos "e seus satélites" estão adotando uma política para isolar a o Estado russo da comunidade internacional.
"Foi exercida uma enorme pressão sobre a presidência da Indonésia para que não nos convidasse para as reuniões do G20. O trabalho nos bastidores está em andamento no FMI e no Banco Mundial para limitar ou até mesmo expulsar a Rússia do processo de tomada de decisões. Os países avançados também estão fazendo declarações antagônicas e fazendo avaliações extremamente distorcidas e tendenciosas da situação na Ucrânia", diz Siluanov.
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Por fim, Moscou considera "que a atual crise causada por sanções econômicas sem precedentes impostas pelos países do G7 pode ter consequências duradouras, a menos que tomemos ações conjuntas para resolvê-la".
Desde que a operação militar especial russa na Ucrânia começou no dia 24 de fevereiro, os EUA, a União Europeia e países aliados têm aplicados sanções e restrições econômicas pesadas à Rússia. Entretanto, a própria mídia norte-americana já afirmou que através das sanções o governo Biden usa as medidas como "armas" para aumentar sua influência, conforme relatado ontem (13) pelo The Washington Post.
De acordo com O Globo, Guedes viaja na próxima semana para a reunião anual do Banco Mundial e FMI, em Washington. Na quarta-feira (20), está prevista a reunião do G20, que reúne as maiores economias do mundo. Na quinta-feira (21), acontece a reunião de primavera do FMI e Banco Mundial.
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