Na terça-feira (12), veio à tona o caso da compra de 35.000 doses de Viagra pelas Forças Armadas brasileiras. Além de ser um remédio aplicado em grande parte para disfunção erétil, os deputados Marcelo Freixo e Elias Vaz, ambos do Partido Socialista Brasileiro (PSB), dizem ter encontrado indícios de sobrefaturamento de 143% nas compras, segundo o UOL.
O vice-presidente, Hamilton Mourão, concedeu algumas declarações acerca do assunto e disse que repercussão do caso é "coisa de tabloide sensacionalista", questionando "[...] o que são 35 mil comprimidos de Viagra para 110 mil velhinhos que têm? [...]".
"Nós temos farmácias. A farmácia vende medicamentos. E o medicamento é comprado com recursos do fundo. Então, tem o velhinho aqui [aponta para si próprio]. Eu não posso usar o meu Viagra, pô? O que são 35 mil comprimidos de Viagra para 110 mil velhinhos que tem? Não é nada", afirmou Mourão que virá como candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul neste ano.
O presidente, Jair Bolsonaro (PL), também se posicionou sobre a aquisição da medicação. O mandatário defendeu a compra do Viagra e a justificou dizendo que será usado em casos de hipertensão arterial pulmonar (HAP), de acordo com a IstoÉ. A explicação foi a mesma dada pelas Foças Armadas.
Entretanto, em vez de falar que foram 35.000 comprimidos, o chefe do Executivo fala em 50.000. Bolsonaro também disse que a mídia age com "má-fé e é ignorante", visto que não procura saber por que a compra foi feita.
"A gente apanha todo dia de uma imprensa que tem muita má-fé e é ignorante também. [...] [A imprensa] não procura saber por que comprou aí os seus 50 mil comprimidos de Viagra. Mas faz parte. Como no ano passado apanhamos muito também, eu apanhei, por ter gasto alguns milhões com leite condensado", recordou.
Ontem (13), foi divulgado que o Exército Brasileiro gastou R$ 3,5 milhões na compra de 60 próteses penianas para hospitais militares. A corporação negou o número e disse que em 2021 comprou apenas três unidades, segundo o G1.