Hoje (14), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), decidiu conceder 5% de reajuste para todos os servidores públicos federais a partir de julho. O custo para oferecer esse aumento para todo o funcionalismo será de R$ 6,3 bilhões em 2022, segundo o UOL.
Entretanto, a Polícia Federal, através da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), demonstrou que não gostou do valor acertado e reagiu negativamente ao aumento. De acordo com a mídia, a instituição considerou a porcentagem adicionada uma "quebra desleal de compromisso".
Na visão de representantes de sindicatos e associações, o ajuste não repõe as perdas inflacionárias dos últimos anos.
"A ADPF manifesta sua total indignação e repúdio à notícia de que o Governo Federal não cumprirá com o compromisso firmado pelo presidente da República de promover a reestruturação das forças policiais da União. [...] Se a informação se confirmar, haverá uma quebra desleal do compromisso que será sentida ainda mais depois das diversas perdas sofridas pelos policiais federais durante este governo, que sempre teve entre suas bandeiras a segurança pública", diz a nota enviada pela associação citada pela mídia.
O portal relata que antes de bater o martelo, Bolsonaro se reuniu na tarde de ontem (13), no Palácio do Planalto, com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
A equipe econômica sugeriu que o dinheiro para compensar o reajuste aos servidores venha de cortes em emendas de parlamentares chamadas de bancada (RP2), destinadas a vários ministérios, cujo pagamento não é obrigatório e são mais fáceis politicamente de "enxugar" do que as vinculadas ao orçamento secreto (RP9).