Panorama internacional

Armas biológicas podem ser ferramentas na guerra dos EUA contra Rússia, diz militar norte-americana

Segundo Karen Kwiatkowski, tenente-coronel aposentada da Força Aérea e ex-analista do Departamento de Defesa dos EUA, a guerra "de baixo nível" promovida por Washington contra Moscou conta com ferramentas, e uma delas, são as armas biológicas e as propagandas.
Sputnik
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou, em 14 de março, que durante a operação especial russa na Ucrânia a pasta obteve informações adicionais sobre as atividades militares e biológicas dos EUA no território do Estado do Leste europeu, o que indica inúmeras violações da Convenção de Armas Biológicas de 1972.
Para Karen Kwiatkowski, a ONU se absteve de investigar a pesquisa biológica norte-americana na Ucrânia, apesar dos repetidos pedidos da Rússia. Ainda de acordo com a tenente-coronel, "a ONU funciona em grande parte como um braço político dos EUA".
"No entanto, existe a possibilidade de que os outros membros com poder de veto do Conselho de Segurança da ONU, incluindo Rússia e China, possam ganhar alguma tração em termos de violações dos EUA à Convenção de Armas Biológicas na Ucrânia e em outros lugares. As evidências devem ser coletadas e mantidas, e alianças mais amplas não dependentes de Washington devem ser criadas em todo o corpo de votação da ONU, se isso for um caminho para a responsabilização", afirmou.
Quando se trata da Rússia, o Ocidente optou por bloquear completamente as notícias russas sobre não apenas a Ucrânia, mas também em relação a todas as questões, observa. Segundo a ex-analista, o fenômeno recente do "cancelamento" substitui a conscientização e os debates reais.
A localização de laboratórios biológicos dos Estados Unidos na Ucrânia
Kwiatkowski acredita que Washington vai continuar negando envolvimento na pesquisa de armas biológicas em território ucraniano. Em vez disso, ela acredita que a "demonização de Moscou" acontecerá em dobro, ao mesmo tempo que os EUA vão inundar a Ucrânia com armas para prolongar o conflito a fim de dar nova vida à OTAN.
"Esta guerra de baixo nível tem muitas ferramentas, incluindo operações de propaganda sustentada, expansão da OTAN, cercando a Rússia com bases militares dos EUA, violações da lei do mar, assédio econômico, assédio financeiro – e planos de guerra biológica e química para propósitos em grande parte, neste ponto, de enfraquecer e impactar o comércio, a economia, a população, a popularidade ou a sustentabilidade do regime russo, bem como por falsas bandeiras que são ataques negáveis ​​que podem causar retaliação da liderança política russa", ressalta.
Sobre os laboratórios para armas biológicas na Ucrânia, o governo Biden negou qualquer envolvimento no programa. No entanto, a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, em 8 de março, disse aos senadores dos EUA que "instalações de biopesquisa" na Ucrânia realmente existem.
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