"Parabéns à França", disse o presidente Jair Bolsonaro em sua transmissão semanal nesta quinta-feira (14). Segurando a impressão de uma foto que mostra uma urna de vidro cheia de canhotos de papel, o brasileiro parabenizou o processo eleitoral francês.
Embora crítico do presidente Emmanuel Macron, Jair Bolsonaro disse que "gostou de acompanhar as notícias sobre as eleições presidenciais na França".
"Um país muito mais desenvolvido do que nós votando no papel. Que exemplo para nós", comentou.
Em seguida, ele voltou a questionar a lisura do processo eleitoral: "Aqui tem um pessoal que fala: 'Meu sistema é inviolável'. Mas quando o Exército apresenta sugestões para aperfeiçoar o sistema, o pessoal diz que não se pode demonstrar tudo que está ali porque algum hacker pode entrar".
Para o presidente do Brasil, "a urna não é inviolável, é penetrável sim". Ele ainda lembrou da participação do Exército em debates com o Tribunal Superior Eleitoral: "Para deixar bem claro, as Forças Armadas não estão se intrometendo no TSE. Foi a Justiça que convidou as Forças Armadas a participar do sistema eleitoral".
Concluindo seu argumento sobre as diferenças entre o processo eleitoral no Brasil e na França, Bolsonaro disse que com a presença dos militares as "eleições [no Brasil] serão tranquilas, sem problemas, só questões técnicas. Não vai ter voto impresso, voto no papel".