A situação ocorreu antes do amanhecer desta sexta-feira (15), quando forças de segurança israelenses entraram no complexo da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, onde milhares de palestinos se reuniam para orações durante o mês sagrado do Ramadã.
Conforme noticiou a agência AP, Israel alegou que suas tropas entraram para remover rochas e pedras, antes de os confrontos se deflagrarem.
O local, sagrado para judeus e muçulmanos, tem sido frequentemente o epicentro de ondas de confrontações entre israelenses e palestinos.
O serviço de emergência Sociedade Palestina do Crescente Vermelho informou que evacuou 59 feridos para hospitais. Segundo a entidade, um dos guardas também foi baleado no olho com uma bala de borracha.
Forças de segurança israelenses durante confrontos com palestinos no complexo perto da mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém
© REUTERS / Ammar Awad
O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que "dezenas de homens mascarados" com bandeiras palestinas e do Hamas haviam recolhido as pedras após marchar ao complexo, nesta sexta-feira (15).
"A polícia foi forçada a entrar no local para dispersar a multidão e remover as pedras e rochas, a fim de evitar mais violência", disse o ministério.
A polícia informou que esperou até que as orações terminassem e a multidão começasse a se dispersar para realizar a ação.
Segundo comunicado das forças israelenses, as multidões teriam atirado pedras na direção do Muro das Lamentações, local sagrado para os judeus, forçando-os a agir. A nota diz que não houve invasão à mesquita.
Os palestinos veem qualquer grande deslocamento da polícia em Al-Aqsa como uma grande provocação.