Segundo a mídia especializada na União Europeia, Euractiv, caso Marine Le Pen saia vitoriosa das eleições francesas no dia 24 de abril, a candidata do Rally Nacional interromperia todos os programas conjuntos de armamentos com a Alemanha.
Em sua visão, tal associação, representa "o negativo absoluto da identidade estratégica francesa", afirmando que com a França tendo um sistema baseado em "independência, dissuasão e um modelo militar e industrial completo de classe mundial", as "diferenças estratégicas [são] irreconciliáveis" entre os dois países, segundo Le Pen.
Uma vez eleita, a candidata de direita deixaria de apoiar "a reivindicação da Alemanha por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU".
Ao mesmo tempo, a concorrente de Emmanuel Macron, defende uma "aproximação estratégica" entre Rússia e OTAN, uma vez que terminada a operação russa na Ucrânia, ninguém tem "interesse em ver o surgimento de uma união sino-russa próxima".
Um dia antes, a Le Pen também declarou em entrevista que não se arrepende "de forma alguma" de reconhecer a Crimeia como parte da Rússia após os eventos de 2014.
Saída francesa da UE
Na quarta-feira (13), o atual mandatário francês e concorrente de Le Pen, Emmanuel Macron, disse que a candidata tem um plano para tirar a França da União Europeia, algo similar à saída do Reino Unido do bloco europeu conhecido como Brexit, mas que nesse caso, seria "Frexit".
Macron acusou Le Pen de querer sair da União Europeia e tecer laços mais profundos com outros países com forte seguimento de direita em sua política, como a Hungria e a Polônia.
"Ela quer sair [da UE], mas não ousa dizer isso, e isso nunca é bom. Ela diz que quer uma aliança de Estados-nações, mas vai se ver encurralada e vai tentar fazer uma aliança com seus amigos [Hungria e Polônia]", afirmou o presidente em um de seus comícios.