O líder ucraniano, Vladimir Zelensky, pediu diretamente ao presidente dos EUA, Joe Biden, para designar a Rússia como "Estado patrocinador do terrorismo" durante uma recente conversa telefônica com o mandatário norte-americano, relata o The Washington Post, citando pessoas familiarizadas com o assunto sob condição de anonimato.
De acordo com a mídia, Biden não se comprometeu com ações específicas durante a ligação, mas teria dito a seu colega ucraniano que está disposto a explorar uma série de propostas para exercer maior pressão sobre Moscou.
Tal medida pode ter uma série de impactos, incluindo a imposição de penalidades econômicas a dezenas de outras nações que continuam a fazer negócios com a Rússia, o congelamento dos ativos de Moscou nos Estados Unidos, incluindo imóveis, e a proibição de uma variedade de exportações que têm uso comercial e militar.
"Adicionar a Rússia à lista de patrocinadores do terrorismo seria a opção econômica nuclear", escreveu Jason Blazakis, ex-funcionário do Departamento de Estado e especialista em designações de terrorismo citado pela mídia.
O rótulo, que exige uma constatação do secretário de Estado, pode ser aplicado a qualquer país que tenha "repetidamente fornecido apoio a atos de terrorismo internacional", de acordo com uma ficha técnica do Departamento de Estado. A lista atualmente nomeia quatro países: Coreia do Norte, Cuba, Irã e Síria.
No mês passado, quando o secretário de Estado, Antony Blinken, foi questionado diretamente sobre o apoio dos EUA à designação em uma entrevista coletiva, Blinken teria dito que "vamos analisar tudo".
A decisão de adicionar um país é significativa porque, uma vez na lista, os países raramente são removidos. Tal movimento normalmente requer um evento extraordinário como a mudança de governo – que trouxe a remoção do Iraque da lista em 2004 após a derrubada de Saddam Hussein – ou um pivô significativo na política dos EUA.