O Ocidente não está salvando o governo de Kiev, mas sim prorrogando sua agonia, opinou a politóloga Natalia Makeeva à Rádio Sputnik.
A vice-diretora do Centro de Análises Geopolíticas, em Moscou, Rússia, disse que os países ocidentais seguirão fornecendo ajuda a Kiev, mas que ela permanecerá mínima.
O pedido de Vladimir Zelensky de US$ 7 bilhões (R$ 32,92 bilhões) a Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, para pagar subsídios sociais e salários do país, é irrealista devido a superar em várias vezes o valor oferecido até agora à Ucrânia pelo Ocidente, aponta Makeeva.
Ela explicou as possíveis razões de Zelensky ter feito essa exigência.
"Zelensky simplesmente se sente um homem 'abandonado'. Ele esperava seriamente que o Ocidente interviesse, que viessem pessoas enérgicas da OTAN, que consertariam tudo, expulsariam todos os que pudessem, que retomariam a Crimeia e Donbass. Nada disso aconteceu, claro. O Ocidente por vezes oferece algo, algum armamento, e nada mais", comentou.
"[...] Agora Zelensky está apresentando este tipo de exigências devido a esse sentimento de desespero: me deem sete bilhões, vou usá-los para sustentar meu país", acrescentou a politóloga.
Este e outros pedidos de Kiev não serão rejeitados diretamente, mas também não serão cumpridos em pleno, crê, pois Zelensky é apenas um instrumento para os países ocidentais atingirem seu objetivo, garante a especialista.
"É preciso entender que o Ocidente coletivo precisa prorrogar ao máximo toda esta situação, desgastar a Rússia ao máximo com ela, e para isso o Ocidente vai prolongar a agonia do regime de Kiev. Isto porque sem apoio Kiev cairá mesmo. Por isso, penso que haverá alguma ajuda, mas ela será mínima, para que esta agonia e esta combustão continuem o máximo de tempo possível", concluiu Makeeva.