Uma corte em Lvov, cidade no oeste da Ucrânia, prendeu no sábado (16) o político Viktor Medvedchuk, ex-chefe do conselho político do partido Plataforma de Oposição – Pela Vida, sem possibilidade de fiança.
A corte já confiscou 154 "itens dos bens móveis e imóveis" do opositor.
Durante este sábado (16) Oksana Marchenko, esposa de Medvedchuk, apelou aos familiares de dois mercenários britânicos capturados por tropas russas e das repúblicas populares de Donbass para que pedissem a Londres que influenciassem Kiev a trocá-los por seu marido.
Ela também se dirigiu a Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, e Vladimir Putin, presidente da Rússia, para esse objetivo. Ela também exortou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan no início desta semana.
Medvedchuk foi detido na terça-feira (11) em uma "operação especial" pelo Serviço Federal de Segurança (SSU) da Ucrânia, que disse ter sido realizada a mando do presidente Vladimir Zelensky. Ele tinha escapado à prisão domiciliar no final de fevereiro temendo por sua vida em meio ao caos, saque e violência que atingiram Kiev no início da operação militar especial da Rússia no território ucraniano.
Viktor Medvedchuk critica os políticos pró-ocidentais na Ucrânia e defende maiores laços com a Rússia e Belarus. Ele foi colocado em prisão domiciliar em maio de 2021 após ser acusado de "traição" e "violação das leis da guerra". A corte disse que ele alegadamente praticou "financiamento de terrorismo" nas repúblicas populares de Donbass. O opositor rejeita as acusações, que considera serem politicamente motivadas.
Zelensky afirmou que está pronto para atingir um acordo com Moscou sobre a libertação de Medvedchuk, mas que o governo russo ainda não deu uma resposta.