A polícia de Israel voltou a intervir na Mesquita de Al-Aqsa enquanto fiéis se reuniam para as orações da manhã de hoje (17). O incidente ocorre dois dias depois de 150 pessoas ficarem feridas em outro "ataque" ao mesmo local.
As autoridades israelenses disseram que entraram no complexo para facilitar as visitas de rotina de judeus ao local sagrado e que os "palestinos estocaram pedras e montaram barreiras no complexo".
A polícia retirou os palestinos da extensa esplanada do lado de fora da mesquita, enquanto dezenas permaneceram dentro, escreve a Al Jazeera.
Trabalhadores médicos palestinos disseram que pelo menos 20 pessoas ficaram feridas. Algumas foram transferidas para o hospital depois de serem espancadas ou atingidas por balas de borracha.
Ainda segundo a polícia de Israel, 18 pessoas foram presas depois que palestinos quebraram as janelas de dois ônibus que transportavam visitantes judeus para o local, ferindo levemente vários deles.
A Autoridade Palestina, neste domingo (17), culpou Israel pelas consequências da atual tensão em Al-Aqsa e instou os EUA a condenarem os ataques.
"Pedimos ao governo dos EUA que quebre o silêncio e pare com essa agressão que inflamará toda a região", disse o porta-voz Nabil Abu Rudeineh em comunicado divulgado pela agência de notícias estatal Wafa.
Além disso, o Ra'am, partido islâmico que faz parte da coligação que governa Israel, fez duras críticas às forças de segurança israelenses pela violência no local sagrado de Jerusalém.
Alguns legisladores do partido ameaçaram deixar a coalizão, publicou o jornal Times of Israel.
O Ra'am tem quatro cadeiras no Knesset (Parlamento de Israel) e ingressou no governo de coalizão no ano passado, sendo o primeiro partido árabe a fazê-lo em décadas.