Na madrugada de domingo (17) para segunda-feira (18), 30 criminosos fortemente armados tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores em Guarapuava, no estado do Paraná, segundo o G1.
Hoje (18), uma arma de alto calibre utilizada no ocorrido foi abandonada em uma árvore que fica em uma rua do bairro dos Estados, próximo à sede da empresa onde os assaltantes praticaram a ação. Um especialista ouvido pela mídia disse que a arma aparenta ser um fuzil automático.
O fuzil é de uso restrito, segundo a Polícia Federal, e deve passar por uma perícia para identificar do que se trata o artefato. A polícia disse que, a princípio, a arma tem calibre 12 mm.
Em coletiva de imprensa também nesta manhã (18), a Polícia Militar informou que os criminosos estavam em oito veículos, cinco dos quais eram blindados. Eles também levavam sete fuzis e duas armas .50, que foram apreendidos.
Ainda de acordo com a corporação, os criminosos estavam equipados com mochilas de mantimentos, kits de primeiros socorros e quatro capacetes balísticos.
A PM disse que, na fuga, os assaltantes fecharam os acessos da cidade e conseguiram fugir por uma estrada rural, sentido interior do estado. O ataque foi frustrado e não houve roubo de qualquer valor em dinheiro, relatou a Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Entretanto, a ação deixou feridos, pânico e clima de guerra nas ruas da pequena cidade do Sul do país. Segundo o G1, os bandidos colocaram fogo em dois veículos em frente ao batalhão da Polícia Militar para dificultar a ação dos agentes de segurança e fizeram moradores reféns.
Ao mesmo tempo, houve confronto armado, e pelo menos dois policiais foram baleados. A prefeitura informou que um morador levou um tiro no braço.
Ministro da Justiça classifica caso como 'ato de terrorismo'
O ministro da Justiça, Anderson Torres, comparou nesta segunda-feira (18) os ataques em Guarapuava ao crime de terrorismo e defendeu mudanças na legislação brasileira para endurecer a pena nestes casos.
"Um crime gravíssimo, um crime [...] que você chega numa cidade, incendeia uma cidade, toca fogo em banco, toca fogo na polícia, que isso não causa um terror naquelas pessoas. Isso, na nossa opinião, é um tipo de terrorismo. A gente precisa realmente jogar duro com isso, porque as pessoas estão sofrendo, o povo está sofrendo, está ficando extremamente assustado com isso. E o Estado não pode permitir esse tipo de coisa", disse Torres hoje (18) citado pelo G1 em declaração no Senado.
O Exército mobilizou um veículo blindado para reforçar a segurança das instalações militares da cidade, que abriga o 26º Grupo de Artilharia de Campanha, relatou a mídia.