Mais tarde essa rocha foi analisada e descobriu-se que foi formada a uma temperatura de 2.370 graus Celsius em consequência de impacto de um asteroide.
No recente estudo, em que foram usadas amostras coletadas entre 2009 e 2011, os pesquisadores conseguiram encontrar mais quatro grãos de zircônia, o que confirmou a veracidade da descoberta de 2011. Zircônia é um mineral duro conhecido como substituto para diamantes.
Os cientistas também localizaram e encontraram evidências, em um local diferente dentro da mesma estrutura de impacto, que a rocha derretida, ou seja, formada após a rocha e o solo derreterem em líquido na sequência de impacto de um meteorito, foi superaquecida de forma diferente em mais de um local a um nível maior do que o teorizado anteriormente.
Cientistas confirmam descoberta da "rocha mais quente da Terra".
"A maior implicação é que estamos tendo uma percepção muito melhor de quão quentes são estas rochas derretidas pelo impacto que se formaram inicialmente quando o meteorito atingiu a superfície, e isso nos dá uma ideia muito melhor do derretimento e como ele esfriou nesta cratera em particular", disse Gavin Tolometti, estudante de pós-doutorado da Universidade de Ontário Ocidental.
"Isto também pode nos dar uma percepção para estudar a temperatura e o derretimento em outras crateras de impacto", acrescentou, escreve portal Sci-News.
De acordo com a equipe, esta é a primeira vez que reidites – um mineral formado quando zircônia passa por alta pressão e temperatura – foram descobertas no local de Mistastin. A pesquisa foi publicada na revista Earth and Planetary Science Letters.