Na semana passada, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pagou uma multa de £ 50,00 (pouco mais de R$ 300,00) por sua festa de aniversário em Downing Street, que ocorreu apesar das rígidas restrições que seu governo impôs ao Reino Unido durante o auge da pandemia de COVID-19.
De acordo com Johnson, os britânicos "tinham o direito de esperar melhor de seu primeiro-ministro". Ele reiterou que acreditava que não havia feito nada de errado na época.
"Esse foi o meu erro e peço desculpas por isso sem reservas", disse ele.
O líder trabalhista, Sir Keir Starmer, ao falar ao Parlamento, chamou Johnson de "um homem sem vergonha", instando-o a renunciar enquanto enfrenta a tempestade do "partygate".
Na próxima quinta-feira (21), os parlamentares vão decidir se prosseguem com uma investigação contra Johnson com base nas alegações de que ele enganou o Parlamento sobre "partygate". Se for descoberto que Johnson fez isso, provavelmente se espera que ele renuncie.
O primeiro-ministro argumentou que não renunciaria, citando a crise em curso na Ucrânia e o aumento no custo de vida desencadeado por ela.
Na semana passada, a Polícia Metropolitana aplicou uma multa a Johnson por participar de sua festa surpresa de aniversário em Downing Street durante lockdown da COVID-19. Ao receber a penalidade, Johnson tornou-se essencialmente o primeiro premiê britânico a ser descoberto infringindo a lei enquanto estava no cargo.
Com a investigação sobre o escândalo "partygate" em andamento, muitos analistas esperam que o primeiro-ministro enfrente multas ainda maiores, já que a festa de aniversário não é a única festa que ele e os funcionários de seu governo são suspeitos de participar durante o lockdown.