Na segunda-feira (18), a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, disse, em reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que o mundo não sobrevive sem a agricultura brasileira.
"Eu sei que o mundo não sobrevive sem a agricultura brasileira. Precisamos pensar nos desafios futuros, não só do Brasil, mas do mundo todo", afirmou.
Representantes do setor apresentaram uma carta à diretora-geral com demandas do grupo pedindo também proatividade contra o que chamaram de "crescente onda de protecionismo exagerado no mercado", segundo o UOL.
A reunião entre o órgão internacional e a FPA aconteceu após o presidente, Jair Bolsonaro (PL), pedir ajuda à OMC para garantir uma espécie de "salvo-conduto" ao fluxo de fertilizantes importados de países que sofreram sanções econômicas e financeiras por conta da crise ucraniana, informa a mídia.
Jair Bolsonaro em audiência com a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, 18 de abril de 2022
© Foto / Alan Santos / Palácio do Planalto / CCBY 2.0
Os alvos das medidas restritivas são a Rússia e Belarus, dois dos principais exportadores dos insumos ao agronegócio brasileiro.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, o governo lançou um plano nacional de fertilizantes e tenta obter fornecedores alternativos para evitar impactos na produção de alimentos no campo e inflação.
Jair Bolsonaro em audiência com a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, 18 de abril de 2022
© Foto / Alan Santos / Palácio do Planalto / CCBY 2.0
Durante o encontro, parlamentares da base do governo defenderam práticas de sustentabilidade para rebater a impressão de que a produção do Brasil não é sustentável, de acordo com a mídia.
"Estou animada sobre o que o Brasil tem a dizer sobre a área ambiental e as tecnologias produtivas com potencial de descarbonização", disse ainda Ngozi.