No início de março deste ano, Arthur do Val foi flagrado fazendo comentários sexistas sobre refugiadas ucranianas. Durante viagem à Ucrânia, o deputado afirmou em áudios particulares vazados que as ucranianas "são fáceis porque são pobres".
Além da repercussão na Internet e na mídia, a revelação dos áudios gerou 21 pedidos de cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar. A cassação foi aprovada no Conselho de Ética da Alesp de forma unânime e aguarda votação no Plenário.
Conforme publicou o G1, o deputado afirmou em nota que é "vítima de um processo injusto e arbitrário na Alesp" e que também sofre perseguição política. Segundo ele, com a renúncia os deputados terão que discutir apenas a suspensão de seus direitos políticos. Anteriormente, Do Val também se defendeu das acusações afirmando que não pode ser julgado por áudios "vazados ilegalmente".
Em São Paulo, mulheres protestam contra o deputado estadual Arthur do Val (sem partido) durante marcha em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, em 8 de março de 2022.
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Ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), Do Val ganhou notoriedade por meio de um canal no YouTube, em cujos vídeos frequentava manifestações de esquerda e constrangia manifestantes com perguntas de conhecimento geral.
Do Val foi o segundo deputado estadual mais votado de São Paulo nas eleições de 2018, com mais de 478 mil votos, e candidato a prefeito da capital paulista no pleito de 2020, no qual foi o quinto mais votado no 1º turno, com cerca de 522 mil votos.