Assange ainda pode recorrer da decisão do tribunal que autoriza sua extradição para os Estados Unidos.
O tribunal de Londres tomou a decisão formal de extraditar Julian Assange para os Estados Unidos nesta quarta-feira (20). No entanto, a decisão final deve ser tomada pelo governo do Reino Unido.
WikiLeaks escreveu no Twitter que a equipe de defesa tem até 18 de maio para recorrer da decisão antes que a secretária do Interior, Priti Patel, tome sua decisão após a ordem emitida pelo tribunal.
Caso Assange seja extraditado para os EUA, onde é acusado de espionagem, ele pode enfrentar uma sentença de prisão de até 175 anos.
A editora-chefe do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, disse que, ao emitir a ordem de extradição, o tribunal de Westminster assinou a sentença de morte de Assange.
"Extraditar Assange seria um risco para sua vida”, disse Hrafnsson às pessoas que haviam se reunido na frente do tribunal. "Seria igual a uma sentença de morte. Agora, a vida de Julian está nas mãos de Priti Patel e Boris Johnson. Eles precisam fazer a coisa certa".
Anteriormente, a equipe de defesa de Assange disse que o fundador do WikiLeaks poderia cometer suicídio se fosse extraditado para os EUA.
Em dezembro de 2021, o Supremo Tribunal de Londres aprovou o recurso dos EUA para extraditar Assange, anulando uma decisão anterior de que o jornalista não poderia ser extraditado devido a problemas de saúde e às condições desumanas que o aguardam em uma prisão americana.
Washington buscou a extradição de Assange ao país por acusações de espionagem depois que o WikiLeaks publicou milhares de documentos confidenciais revelando crimes de guerra cometidos por tropas dos EUA no Iraque e no Afeganistão.