A União Europeia pode vir a registrar uma inflação prolongada, capaz de destruir o euro, afirma o especialista. Porém, o Banco Central Europeu continua emitindo cédulas, se mostrando incapaz e provavelmente não querendo influenciar a situação.
A inflação, entretanto, pode ter consequências não só econômicas, mas também políticas e sociais, como demonstrou o exemplo de hiperinflação na Alemanha no início dos anos 1920. Conforme relembra o economista, foi justamente ela que facilitou a chegada dos nacional-socialistas ao poder.
Caso a situação não mude, a população começará a buscar uma substituição para a moeda oficial, resumiu Mayer.
Recentemente, o canal CNBC informou que o término das entregas de combustíveis russos pode ter consequências graves para a economia europeia, ainda não recuperada após a pandemia da COVID-19.
Em 24 de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o início da operação militar especial na Ucrânia. Em resposta, os países do Ocidente impuseram pesadas sanções a Moscou, que visam principalmente o setor bancário e os suprimentos de produtos de alta tecnologia. Entretanto, a Europa enfrentou uma alta nos preços dos combustíveis e produtos alimentícios, o que causou descontentamento dos cidadãos em diversos países da União Europeia.