Panorama internacional

Após o conflito na Ucrânia terminar, o mundo acabará fragmentado, diz Josep Borrell

Após o final dos combates no território ucraniano, o mundo ficará ainda mais dividido, afirmou em entrevista à mídia europeia Josep Borrell.
Sputnik
"O mundo ficará ainda mais fragmentado e isso levará a convulsões econômicas", cita as palavras do chefe da diplomacia europeia o jornal espanhol El País. Em particular, vários tipos de matérias-primas vão ser utilizadas como armas:

"Os grãos também se tornarão uma forma de armamento. A Rússia já diz: nossos grãos são para nossos amigos, quem não é nosso amigo não vai recebê-los", constata Borrell.

Além disso, na opinião dele, vai surgir um novo panorama político, com a Rússia e a China de um lado e o Ocidente de outro.

"A maioria dos países emergentes vão se inclinar para um lado, depois para outro, depende das circunstâncias. Vocês lembram como, na época da Guerra Fria, falávamos sobre países não alinhados? Agora vemos um fenômeno semelhante", ressaltou o político europeu.

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A Rússia começou a operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro por ordem do presidente Vladimir Putin, que anunciou como objetivo "a proteção das pessoas que no decorrer de oito anos têm sido submetidas ao genocídio por parte do regime de Kiev". Para cumprimento da meta, de acordo com suas palavras, são necessárias "a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia".
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, até 25 de março, os principais objetivos da primeira etapa, que eram reduzir significativamente o potencial de combate da Ucrânia, foram alcançados. O objetivo principal da operação, entretanto, é a libertação de Donbass, segundo a entidade. Em 19 de abril, o chanceler russo, Sergei Lavrov, anunciou o começo da segunda fase da operação.
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