Nesta sexta-feira (22), o chefe do departamento europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alfred Kammer, declarou que a Europa poderá prescindir do gás russo por não mais de seis meses, após esse período, a economia europeia sentiria as consequências negativas da rejeição ao combustível russo.
"Nos próximos seis meses, a Europa pode viver com uma renúncia completa [do gás russo]. Ao mesmo tempo, se a paralisação durasse até o inverno ou até mais, isso teria consequências negativas consideráveis [para economia europeia]", disse Kammer à AFP citado pela revista Challenges.
Segundo o representante do FMI, não existe uma forma única de influenciar a situação, sendo necessário um conjunto de medidas. Por isso, alertou que uma das medidas é procurar fontes alternativas de abastecimento, algo que vários países já começaram.
Kammer também observou que os consumidores poderiam, por sua vez, reduzir o consumo de energia para "acumular gás antecipadamente", mitigando assim o efeito de um possível apagão adicional.
Até agora, nenhuma restrição da UE se aplica às importações de petróleo e gás da Rússia, mas chamadas semelhantes são feitas de tempos em tempos por políticos europeus. Os Estados Unidos já impuseram um embargo ao fornecimento de energia russo, exceto urânio
O vice-primeiro-ministro russo, Alexandr Novak, observou anteriormente que, sem petróleo e gás russos, o mundo entraria em colapso e os preços dos combustíveis seriam imprevisíveis.